terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Forjando a armadura

Nego-me a me submeter ao medo
que me tira a alegria de minha liberdade,
que não me deixa arriscar nada,
que me toma pequeno e mesquinho,
que me amarra,
que não me deixa ser direto e franco,
que me persegue, que ocupa negativamente minha imaginação,
que sempre pinta visões sombrias.

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo. 
Eu quero viver, e não quero encerrar-me.

Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não
para encobrir meu medo.
 
E, quando me calo, quero
fazê-lo por amor
e não por temer as
conseqüências de minhas
palavras.
 
Não quero acreditar em algo
só pelo medo de
não acreditar. 

Não quero filosofar por medo
que algo possa
atingir-me de perto. 

Não quero dobrar-me só
porque tenho medo
de não ser amável.

Não quero impor algo aos
outros pelo medo
de que possam impor algo a mim;
por medo de errar, não quero
tomar-me inativo.

Não quero fugir de volta para
o velho, o inaceitável,
por medo de não me sentir
seguro no novo.

Não quero fazer-me de
importante porque tenho medo
de que senão poderia ser ignorado.

Por convicção e amor, quero
fazer o que faço e
deixar de fazer o que deixo de fazer.
 
Do medo quero arrancar o
domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que
existe em mim.

 (Rudolf Steiner)

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