Road to nowhere

Quero ir embora,

Mas não sei quando 

Quero voltar,

Mas não sei para onde

Sinto saudades, 

Mas não sei do que.

Secrets ( and plans )

Já que é madrugada 

E ninguém me lê,

Que tal vir logo,

Para eu poder partir?

Heaven

E o que sobra é a saudade.

Saudade de poder tocar de novo, sentir a textura da pele, do abraço.

Poder sentir o cheiro.

Dá muita saudade também de quem éramos 

Quanto lutávamos por aquilo que já não existe mais. 

Quando a gente luta por uma vida, e ela se esvai,

É difícil saber do que mais sentimos falta:

Do quanto éramos fortes

Ou do quanto acreditávamos 

Eu não sei quando implantaram em nossa mente que seriamos capazes de realizar um milagre

O milagre mesmo, será quando, apesar de tudo, mantivermos a santidade

OR

Vinicius de Moraes não nos faz apenas perder o sono

Nem nos remete aos momentos marcantes da nossa existência

Ainda nos traz a vontade de brincar com palavras:

 

ROMA é AMOR ao contrário.

E também é outra coisa

É outra “três coisas”:

É a união desse e do título da publicação anterior

É também a união de duas iniciais que fizeram uma promessa de eternidade.

E por fim, era um destino planejado... 

AM

 Amo as madrugadas que meus dedos querem digitar

Tenho medo daquelas manhãs em que preciso trabalhar

 

Amor vs Amor

Amor vs Compromisso

Compromisso vs Horário

Hora marcada vs Inspiração

Inspiração vs Tempo

 

Nada mais faz sentido.

Gosto de quando a inspiração destrói, vorazmente, a minha disciplina

Aquelas histórias de amor

 Ah... A gente sofre.

Mas sabe o que realmente fica?

São essas lembranças que a gente conta sorrindo.

Ou porque foram muito lindas

( E o meu sorriso vai ser sempre aquele de canto, olhar perdido, voltando no tempo, sentindo saudades )

Ou porque foram terríveis,

( E o meu sorriso vai ser bem alto, como um grito, olhar vazio. Emendando outra história hilária de quando a gente passa vergonha sem saber o que está fazendo. )

Qual história contam sobre você?

Aquele texto que explica muita coisa

Há um livro inteiro dentro de mim

Todas as vezes que procuro eternizá-lo,

Saio em busca desesperada ao

“Soneto do Amor Total”

E paro ali.

 

Eu.

Leio.

Releio.

E fico.

Percebo que amei todas as vidas

Que cruzaram a minha.

Deuteragonista

Quanto mais eu penso em não escrever sobre a raiva que sinto,

Penso que deveria.

Há mais ou menos dois anos atrás

Eu era a pessoa que sorria nas fotos.

Daqui a dois anos, você verá que não estava só.

Para aqueles que sabem a diferença, a vida cobra caro.

E eu mal posso esperar.

Eu Antagonista

Eu não sei quando me transformei em antagonista.

E também não sei como.

Mas a vida era minha, e eu travei, umas das maiores batalhas já vividas

Era a minha vida. Eu lutei contra ela.

Eu fiz tudo o que estava ao meu alcance, para sabotá-la.

Eu joguei fora cada segundo que achei que fosse grandioso.

Eu lutei por cada motivo que iria me causar dor.

Irônico, não?

 “A culpa é minha, e eu coloco ela em quem eu quiser. “

Prólogo sem Rimas

Agosto já está acabando…

Eu junto o ar, bem fundo, com toda força que me resta,

Coloco para tocar a canção “ a flor e o beija flor “, e logo nos primeiros acordes, eu solto o ar...

Desejando que as lagrimas sessem, desejando que o ar que exala dos meus pulmões, leve embora o cansaço, a desilusão, toda “a maldade das pessoas boas”, porque eu penso que se um dia a vida foi real, eu preciso saber.

Acertou quem disse que “o que os olhos não veem, o coração não sente. ”

Errou quem encontrou descanso nesta frase.

Agosto me trouxe as fotos do ano passado e todo o resto.

Trouxe também, a comemoração do primeiro dia de um relacionamento que não era o meu, mas que levava o mesmo protagonista.

Ele me dizia que era amor, mas não era amor.

Era a história de uma pessoa fria e sombria, que eu nem sei como, um dia, pude sequer pensar que era humano.

Era um monstro. E eu deixei ele fazer parte da minha vida.

A Ampulheta do Tempo - A história da vida

O tempo tem muitos grãos, 

Ele é eterno quando nossos olhares se cruzam, ele é sereno enquanto ela descansa, ele é incessante enquanto a doença progride, ele sufoca, quando nada posso fazer, além de ver ele passar.

O tempo tem tantos grãos...

Eu costumava dizer que tudo tem o seu tempo... Que é ele que coloca as coisas no lugar.

Para outras ocasiões, eu dizia que o tempo passa rápido demais

Hoje o tempo é tão curto, praticamente raro. 

Por vezes ele leva a eternidade para passar.

Todas essas facetas do tempo tem ocorrido ao longo de um mesmo dia, e ele dilacera meu coração, quando penso que está acabando, e ele é tudo o que eu tenho agora e ele será injusto um dia. 

É alheio, é inocente, é indiferente, é impertinente, indigente, delinquente. 

O tempo tem muitos grãos.... 

Eu queria poder pegar o carro, dirigir pra trás, bem rápido, para inverter a órbita da terra e voltar no tempo antes disso tudo acontecer.

Mudaria alguma coisa? Certamente não... 

O tempo.. é tudo o que a gente tem, e que não tem. 

A certeza absoluta sobre a vida, é a morte. 

E por que é tão difícil de aceitá-la?

A Ampulheta do Tempo ( Os grãos da - sua - vida )

Na ampulheta da vida, a parte de cima, repleta de grãos, está o nascimento, está os seus momentos, os nossos momentos, nosso descaso, o cuidado, o carinho, os sorrisos, a desobediência, as brincadeiras, seus olhares de curiosidade, o desconhecido, o desbravar, o dia a dia, hora sobrecarregado, hora relaxado, hora relapso, não nos preocupamos tanto, tem muitos grãos ali, eles vão levar muito tempo para cair..

Os grãos, ao escorrerem pela parte mais afunilada do vidro, são transformados por pedacinhos de lamentos, escolhas, duvidas e incertezas, impotência, medo, um coração despreparado, a falta de ar, o desamparo, a solidão, a incompreensão, as noites não dormidas, a preocupação, os soluços, as lagrimas, o abraço de consolo que precisamos e não temos, o medo de  encostar e machucar, o medo de alimentar, as preciosas orações e seus momentos de entrega absoluta, a sua grandiosa luta.. 

E não sobra nada quando acabam os grãos na parte de cima. Na parte afunilada, o ultimo grão que escorre é o que sobrou da sua força, você não quer cair, você não quer, você não quer desistir, e você não desiste.... já não existimos mais... ( Porque você lutou tanto?? )

Nos encontraremos na parte de baixo da ampulheta, com todos esses sentimentos espalhados, desordenados, despreparados, aquele velho sentimento de que se tivéssemos tido mais tempo, faríamos mais, as palavras que não dissemos, os momentos que não tivemos, ou que tivemos, mas que poderiam ter sido melhor aproveitados, as escolhas, que poderiam ter sido outras, a vontade de reescrever a nossa história, a falta de sentir o seu cheiro, o toque na sua pele...

Esses grãos vão se acomodando, unidos pela fé da existência que continua depois desta vida, na crença de uma vida que continua depois daqui, é para lá que os anjos voltam. É para lá que as pessoas boas vão. E teremos que encontrar forças para virar a ampulheta.

Teremos que nascer de novo para aprender a viver sem você. Até que esta ampulheta seja a ampulheta das nossas vidas, e o ultimo grão que caia, seja, enfim, o termino do nosso tempo. Nosso eterno descanso.

Eu preciso me lembrar que não era para você ter sobrevivido. Este já foi o maior milagre de todos...

Não sofra. Não sofra. 

Eu sei que entre a sua dor e o meu sofrimento, estará a coragem da minha escolha

Eu desejo saber exatamente a hora certa, porque te quero ter, até o ultimo segundo. Até o seu último grão.

Se eu não aceitar quem sou, como é que vou ser feliz?

A vida  É MUITO CURTA