Como se o papel fosse uma gaveta organizadora, aos poucos eu ia sentindo os espaços vazios com as pontas dos meus dedos. Eu já não podia mais abrir os olhos, a escuridão era tanta, que ardia.. Eu não tinha muitas respostas e também havia perdido o desejo de perguntar. Entre as bordas dos espaços vazios, eu ia tateando de mansinho... quanto mais o tempo passava, menos esperava. Nesses momentos em que o riso não vinha fácil, eu sentia como se tudo ao meu redor, girasse sobre coisas que eu não precisava ter. O meu Ser estava abalado. Eu sabia que tinha me perdido, que tinha me rendido, que não queria mais. Não havia mais nenhum objetivo, não havia nenhum sonho, nenhuma esperança de começar, nada. Eu só conseguia me lembrar dos ponteiros do relógio da vida, apressando-me. E a gaveta continuava vazia. Eu precisava deixar ir embora o que sempre tive medo de perder...
Um alerta aos navegantes: Não se deixe levar pelos meus sentimentos, eu sou assim... Gosto de estar sozinha... ...Mas tive tantos amores!! ...Não deixe que minhas palavras solitárias sirvam de inspiração para sua vida.. Eu fiz uma escolha falida, mas a sua escolha ainda pode ser cheia de glória. Por isso, viva... um dia, suas palavras encantarão as minhas...
domingo, 22 de março de 2015
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A crueldade de que se é capaz Deixar pra trás os corações partidos Contra as armas do ciúme tão mortais A submissão às vezes é um abrigo Sab...
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